PRINCIPAIS OBRAS DO PRÉ-MODERNISMO - URUPÊS
LITERATURA - CONTEÚDO TRÊS (aula 9 - parte II)
3 A - 17 de abril de 2019
3 B - 18 de abril de 2019
3 A - 17 de abril de 2019
3 B - 18 de abril de 2019
PRINCIPAIS OBRAS DO PRÉ-MODERNISMO
2) URUPÊS (Monteiro Lobato)
Personagens
Em Urupês, Monteiro Lobato apresenta o homem como produto
do meio, e utiliza traços do expressionismo alemão para compor muitos dos
personagens, incluindo o caboclo Jeca Tatu da crônica-título do livro.
"Dentro da estética expressionista, o mais evidente é o Bocatorta,
criatura grotesca apresentada em um dos contos do livro, semelhante ao Corcunda
de Notre Dame", compara Enio Ditterich. Tipos oportunistas, como o
malandro vigarista, estão presentes em Urupês, como no conto O comprador de
Fazendas.
Ênio sugere atenção redobrada na leitura da crônica que nomeia o
livro, mas avisa que é preciso compreender muito bem o contexto
histórico-social brasileiro do período a que pertenceu Monteiro Lobato, pois o
autor está intimamente relacionado a ele.
Resumo da obra
Coletânea de contos e crônicas em que o pré-modernista
Monteiro Lobato inaugura um tipo de regionalismo crítico e mais realista do que
o pitoresco e fantasioso praticado anteriormente, no Romantismo. A crônica que
dá título ao livro, Urupês, traz uma visão depreciativa do caboclo brasileiro,
o "fazedor de desertos", estereótipo contrario à visão romântica dos
autores do Romantismo.
A narrativa varia entre a primeira e a terceira pessoa,
de acordo com cada conto/crônica. Na explicação do mestre em Literatura Enio
José Ditterich, o típico narrador de Monteiro Lobato é aquele "contador de
causos", um personagem que ouviu a história que está reproduzindo.
Já o tempo está vinculado ao período do autor, portanto
retrata o Brasil das primeiras décadas do século XX. "Costumo dizer que
Monteiro Lobato é o homem que inventou a máquina do tempo, porque suas
descrições minuciosas de um Brasil primitivo, arborizado e provinciano fazem o
leitor ser transportado para o período em que a história é narrada",
revela Enio Ditterich.
Em Urupês, o espaço é bem definido, enfocando a paisagem
do interior do estado de São Paulo, onde nasceu o autor. Lobato faz uma
descrição detalhada da geografia, fauna e flora da região, o que pode ser
enfadonho especialmente para o leitor urbano. "Por conta da destruição do
meio ambiente, muitas espécies descritas pelo autor em Urupês já não existem
mais e, portanto, são desconhecidas do leitor mais jovem", avalia.
Nesse
sentido, a obra está presa a seu tempo e espaço particulares. Mas, se o leitor
tem conhecimento e curiosidade, irá descortinar um novo mundo", afirma.
Para Enio Ditterich, Monteiro Lobato tinha uma postura altamente ecológica bem
antes deste termo estar na moda.
Análise
Apesar de Monteiro Lobato representar a transição entre o
Realismo/Naturalismo e as correntes do Modernismo, o autor se indispôs
profundamente com os escritores modernistas da primeira geração, que
responderam a Urupês com a obra Juca Mulato, de Menotti del Picchia.
Entre os
traços típicos de Monteiro Lobato, estão o tom moralizante e didático que
também aparece nas obras infantis do autor, além de sua obsessão pela linguagem
e gramática.
2) URUPÊS (Monteiro Lobato)
Personagens
Em Urupês, Monteiro Lobato apresenta o homem como produto
do meio, e utiliza traços do expressionismo alemão para compor muitos dos
personagens, incluindo o caboclo Jeca Tatu da crônica-título do livro.
"Dentro da estética expressionista, o mais evidente é o Bocatorta,
criatura grotesca apresentada em um dos contos do livro, semelhante ao Corcunda
de Notre Dame", compara Enio Ditterich. Tipos oportunistas, como o
malandro vigarista, estão presentes em Urupês, como no conto O comprador de
Fazendas.
Ênio sugere atenção redobrada na leitura da crônica que nomeia o
livro, mas avisa que é preciso compreender muito bem o contexto
histórico-social brasileiro do período a que pertenceu Monteiro Lobato, pois o
autor está intimamente relacionado a ele.
Resumo da obra
Coletânea de contos e crônicas em que o pré-modernista
Monteiro Lobato inaugura um tipo de regionalismo crítico e mais realista do que
o pitoresco e fantasioso praticado anteriormente, no Romantismo. A crônica que
dá título ao livro, Urupês, traz uma visão depreciativa do caboclo brasileiro,
o "fazedor de desertos", estereótipo contrario à visão romântica dos
autores do Romantismo.
A narrativa varia entre a primeira e a terceira pessoa,
de acordo com cada conto/crônica. Na explicação do mestre em Literatura Enio
José Ditterich, o típico narrador de Monteiro Lobato é aquele "contador de
causos", um personagem que ouviu a história que está reproduzindo.
Já o tempo está vinculado ao período do autor, portanto
retrata o Brasil das primeiras décadas do século XX. "Costumo dizer que
Monteiro Lobato é o homem que inventou a máquina do tempo, porque suas
descrições minuciosas de um Brasil primitivo, arborizado e provinciano fazem o
leitor ser transportado para o período em que a história é narrada",
revela Enio Ditterich.
Em Urupês, o espaço é bem definido, enfocando a paisagem
do interior do estado de São Paulo, onde nasceu o autor. Lobato faz uma
descrição detalhada da geografia, fauna e flora da região, o que pode ser
enfadonho especialmente para o leitor urbano. "Por conta da destruição do
meio ambiente, muitas espécies descritas pelo autor em Urupês já não existem
mais e, portanto, são desconhecidas do leitor mais jovem", avalia.
Nesse
sentido, a obra está presa a seu tempo e espaço particulares. Mas, se o leitor
tem conhecimento e curiosidade, irá descortinar um novo mundo", afirma.
Para Enio Ditterich, Monteiro Lobato tinha uma postura altamente ecológica bem
antes deste termo estar na moda.
Análise
Apesar de Monteiro Lobato representar a transição entre o
Realismo/Naturalismo e as correntes do Modernismo, o autor se indispôs
profundamente com os escritores modernistas da primeira geração, que
responderam a Urupês com a obra Juca Mulato, de Menotti del Picchia.
Entre os
traços típicos de Monteiro Lobato, estão o tom moralizante e didático que
também aparece nas obras infantis do autor, além de sua obsessão pela linguagem
e gramática.
Comentários
Postar um comentário