A PEQUENA DOUTORA e outras memórias






Ficha Técnica


“A Pequena doutora e outras memórias”

Projeto de Produção Textual desenvolvido
na disciplina de Língua Portuguesa pelos alunos da 3ª série do
Ensino Médio da EE Prof. Júlio Pardo Couto
(Praia Grande)
Diretoria de Ensino de São Vicente


Gênero – Memórias Literárias

Digitação
Rafael Lacerda

Capa
Imagem de domínio público

Orientação
Professor Renato Pirauá Cabral (Língua Portuguesa)

Coordenação pedagógica
Professora Rosilda Monteiro da Silva Amorim

Direção
Professor Mário Jaime Paulo da Costa

Vice-direção
Professora Regina Célia Pereira Andrade

Mediação
Professora Ana Rosa Santana

Supervisão
Professora Irene Machado Pantelidakis

Dirigente de Ensino – Região São Vicente
Professora Regina Cátia Spada Lourenço dos Santos




2019
  

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Juntos


A
proposta de escrever um livro nunca é fácil. Os alunos parecem incrédulos com a possibilidade de participar de algo tão misterioso para eles, como é o mundo da literatura. E assim foi: no início mostraram-se desinteressados. Mas com o decorrer do semestre eu insisti que poderiam.
Neste projeto, a união se faz de extrema importância para observar (e aprender) que, juntos, é possível alcançar um fim. Uma só produção textual não resultaria em um livro, muito menos em uma singela publicação em forma de revista. Mas o conjunto resultou nesta significativa coletânea, destacando-se que o pedacinho de cada um contribuiu para que a formação do todo fosse possível.
O resultado final não surpreendeu a mim, pois tinha a convicção de que eles conseguiriam. Afinal, quem sabe ler, sabe escrever, sabe enxergar o que a leitura quer dizer.
Neste livro, os jovens estudantes mostraram o potencial que têm em superar obstáculos, e adquiriram a maturidade para entender que, quando se tem vontade, qualquer tarefa é possível de ser realizada. Trata-se de um presente de seus autores para o Brasil, na certeza de que a Educação é o caminho e que o País pode dar certo.
Parabéns a todos. Obrigado a todos.
Prof. Renato Pirauá
Língua Portuguesa


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Este livro é dedicado à professora de Artes, Luci Matias, que tanto se dedicou a nós, alunos, no decorrer desses anos, e agora vislumbra a tão merecida aposentadoria, após anos destinados à educação de qualidade.
Esta singela lembrança é a forma de lhe agradecermos por tudo, professora.

Alunos da 3ª série do Ensino Médio – turmas A e B
 2019


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Dedico este projeto à professora Leni Peniche, grande colega com quem tenho a honra de trabalhar. Sempre disposta a colaborar para a realização de trabalhos como este, ainda faz questão de preservar todo o material produzido por turmas anteriores, ajudando, de forma extremamente profissional, a manter o acervo como documento de valor pedagógico.

Prof. Renato Pirauá Cabral
Orientador e idealizador do projeto

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Café-com-leite queimado
Rafael Lacerda – 3° B
   
Quando criança, morava em um bairro agitado, com ruas cheias e muita movimentação. Pensava eu que o nome “Parque Tietê” fazia referência a grande movimentação, típica de um parque, ainda mais na cidade de São Paulo. Um fato que ocorreu no ano de 2008 neste lugar ficou gravado em minhas memórias.
A minha casa se localizava em uma rua que era repleta de crianças, na maioria somente uns anos mais velhos que eu, por isso sempre tínhamos brincadeiras em comum.
Uma das brincadeiras que eu mais gostava era a queimada. Normalmente brincávamos todas as noites depois que nossos pais chegavam do trabalho. Era pura diversão, tanta que até parecia que as noites se estendiam e quase não tinha fim, até um de nossos pais aparecer na porta.
Essa história se repetia todas às vezes: anoitecia e saíamos correndo para brincar, e aos poucos fui crescendo. Quando tinha 6 anos me dei conta de que eu era sempre o café-com-leite, nunca podia pegar a bola e todas as vezes que jogávamos, a bola me perseguia constantemente e sempre em seguida vinha o grito “queimado”.
Aquilo começou a me entristecer, até chegar um dia que chorei em minha casa e não sai para brincar, depois de um tempo chorando, meus amigos vieram me chamar e ao perceberem que eu estava chorando, me pediram desculpas e disseram que eu era importante e que me deixariam jogar como eles.
Penso que nunca esquecerei daquele dia, o dia em que o queimado finalmente começou a “queimar”.

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Paraíso das massas
Thamiris Rodrigues – 3º B

Santos, onde morávamos no ano de 2008, uma cidade linda, com lugares encantadores e pessoas de extrema cordialidade. Eu acabara de completar meus 7 anos. Meu irmão, um pouco mais velho, estava com 8. Adorávamos brincar juntos, não importava de que ou com o que, sempre era algo novo e, para nós, divertido.
Nosso pai trabalhava como pizzaiolo em um restaurante muito bonito e aconchegante. Eu realmente adorava aquele lugar. Costumávamos jantar lá quase todas as noites com nossa mãe, enquanto nosso pai trabalhava. Assisti-lo sempre foi uma das coisas que mais gostei. A pizza era maravilhosa, principalmente por ser o meu pai o mestre-cuca por trás daquela delícia culinária.
Lembro-me bem das vezes que íamos lá. Sempre depois de comermos, saíamos correndo para a cozinha atrás do meu pai e ele nos dava alguns pedaços de massa crua para brincarmos de modelar. E vou confessar que essa era a minha parte favorita do passeio. A criatividade ia longe. Montávamos de tudo. Eu gostava de fazer bonecos com barrigas enormes e dizer que estava daquele jeito porque haviam comido pizzas demais. Com a barriga enorme deles, o resto do corpo ficava desproporcional, e essa era a parte mais engraçada.
A hora de ir embora era a mais triste, mas sempre ganhávamos um pedacinho de massa para levarmos conosco para casa e continuarmos nossa diversão.
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Pedaladas cor de rosa
Iara Azevedo – 3° B

Zona Leste de São Paulo, meus pais e eu morávamos em um conjunto de casas (como um condomínio), que pertenciam aos meus avós, pais de minha mãe. Moravam ali também, meus tios, irmãos da minha mãe, com suas famílias.
Era um dia nublado, de um clima agradável. Meu pai e meu tio consertavam algo no carro. Havia muitas ferramentas mecânicas espalhadas pelo chão, e logo me lembrei da minha bicicleta rosa que tinha ganhado dos meus pais. Eu sabia que ali no meio de tantas ferramentas, alguma, com certeza, poderia tirar as rodinhas traseiras que sustentavam minha bicicleta.
Eu tinha apenas 4 anos, mas já tinha tentado diversas vezes pedalar sem as rodinhas, porém nunca consegui. Só que nesse dia, cheguei para meu pai toda determinada e pedi: “Tira as rodinhas da minha bicicleta e me ajuda a andar?”. Ele disse que sim e sorriu. Pegamos a bicicleta, tiramos as rodinhas e lá fomos nós para a rua.
Chegando na rua, subi na bicicleta, com medo de cair, disse para meu pai segurar na parte de trás do banco e o fiz prometer que não iria soltar.
Comecei a pedalar e pedalar... Quando olhei para trás para verificar se meu pai estava segurando, percebi que já estava a metros de distância dele, e foi aí que notei: eu havia conseguido andar de bicicleta sem ajuda e sem rodinhas. Estava andando sozinha!
Depois disso, toda pessoa que eu via, comunicava que eu já sabia pedalar sozinha.

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O meião
Yasmin Ramalho 3º B

O ano de 2013 foi o melhor da minha infância. Foi quando eu pude brincar na rua com os meus amigos e vizinhos. Estava na 6ª série do ensino fundamental. Eu acordava às 10 horas da manhã, tomava café, almoçava ao meio-dia e ia para a escola logo em seguida. Quando eu chegava, por volta das 18:30, ia direto para a rua brincar de meião, que era uma brincadeira muito legal.
A gente pegava uma meia, enchia de pano velho e tirava "2 ou 1" para ver quem ia começar. A primeira pessoa a ganhar no "2 ou 1" escondia o meião. O resto da turma ficava de costas sem ver onde a pessoa escondia o meião. Em seguida, a gente ia procurar e, quem achasse primeiro, tinha que correr atrás das outras pra bater nas costas com o meião
Até chegar em uma linha feita por nós mesmo, que demarcava uma área para limitar o jogo. 
Bate uma saudade da infância, porque tudo é belo nessa fase, maravilhoso e cheio de alegria. Na verdade, a infância nunca se vai por completo para nunca esquecermos da criança que existe dentro de nós. 
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Feliz com o pouco que tem
Regina Gregório 3º ano B

O ano era 2007, eu estava com 6 anos. Minha rotina era acordar, me arrumar e ir para o colégio.
Na saída da escola, tinha uma loja de doces que todos os dias minha mãe comprava meu salgadinho preferido, que era de camarão, e seguia o nosso caminho para casa.
Quando chegava em casa, ligava a TV para assistir o desenho Pingo, que era um pinguim que cuidava do seu irmãozinho.
Uma das minhas brincadeiras favoritas naquele tempo era a queimada, e continua sendo. Eu era muito boa naquela brincadeira e sempre ficava como uma das últimas a ser queimada.
Sem dúvida, uma infância feliz é o maior presente que os pais podem dar aos seus filhos.
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Mais um dia de brincadeira
Ane Karoline – 3° B

Aos meus 7 anos de idade, eu adorava brincar em frente à minha casa com meu amigo Jeferson, que era alguns anos mais velho que eu. Brincávamos de fazer miçangas. Sei que parece estranho um menino brincar de fazer miçangas com uma menina, mas na verdade ele era gay e se identificava muito com a brincadeira. Adorávamos fazer miçangas e vendíamos para nossas mães mesmo, e elas adoravam.
Lembro uma tarde de domingo onde eu, minha mãe, o Jeferson e o Igor (e mais algumas pessoas que eu não me recordo bem) estávamos em frente à minha casa sentados, e minha mãe chamou todos nós para brincar de queimada. Pegamos nossos chinelos e colocamos no meio da rua como se fosse uma rede de vôlei, brincamos a tarde toda, até escurecer.
Quando anoiteceu, cada um dos meus amigos foi para as casas deles. Todos moravam no mesmo bairro que eu, na Vila Mirim, em Praia Grande.
Também entrei para casa, minha mãe foi fazer a janta e eu fui tomar um banho. Depois de comer, minha mãe foi me fazer dormir. Antes, ela me lembrou de rezar. Terminei a oração e fui dormir bem feliz, pegando no sono alguns minutos depois de minha mãe ficar acariciando meus cabelos.
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 Relembrando o passado com visão no futuro
Thayane Ramos – 3° B

Eu me recordo de perguntar “Por que o céu é azul?”, de no meio da madrugada me deitar ao meio dos meus pais, de demorar para pegar no sono e minha mãe dizer: conta até 100. Das manhãs com desenho, de comer pão na chapa e de achar que algum dia tudo melhoraria - ingênua, eu.
Não foram só recordações boas, mas é isso que eu quero lembrar, que ninguém tinha receio do futuro, eu só quero sonhar e que alguém tenha a intensidade e a maturidade de não estar nem aí, voltar a ser criança em alguns aspectos
A paz de não ter que se preocupar com egos, onde você está no centro.
Reneguei tanto o passado, e agora posso ver com mais clareza, o quão importante ele foi, aquela velha história de mãe “quando você crescer, vai entender”, não é só papo furado, é de fato uma lição. Quando eu for brincar de patins novamente, só que não mais com 12 anos, que eu me lembre de pegar o capacete e a caneleira, porque quebrar alguma parte do corpo pode ser tão doloroso como ter seu coração partido.
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As maravilhas da minha infância
 Vitória Mel F. de Souza – 3°A

A vida parecia ser mais fácil quando éramos criança. Era tudo mais divertido, sem as confusões do mundo. Nossa preocupação era decidir qual brincadeira íamos brincar. Em um dia tínhamos muitas opções, como pique-esconde, pega-pega, amarelinha, futebol e muito mais, mesmo com toda essa variedade, a minha preferida era o taco. Uma brincadeira simples com uma bolinha, dois pedações de madeira para ser o taco e um giz, para fazer a base.
Sempre nos juntávamos em quatro pessoas. Tudo simples, mas muito divertido, embora algumas vezes nós arremessávamos a bolinha com muita força e acabava caindo no telhado do vizinho, encerrando com o jogo antes do previsto. Lembro-me das vezes que fazíamos uma “vaquinha” para comprar uma nova bolinha, era realmente uma brincadeira divertida, mas só consegui aproveitá-la com 12 anos.
Outra coisa que também me divertiu muito na minha infância foi o pique-esconde. Uma das brincadeiras mais loucas que existe. Tínhamos esconderijos peculiares, principalmente na minha rua, onde havia dois pequenos matagais. Lembro-me de uma vez que estávamos brincando e meu amigo saiu da Vila Mirim, que era o nosso bairro, em Praia Grande, para nos escondermos na praia, voltando normalmente depois de uma hora. E teve um também quem se escondeu em cima de uma enorme árvore fazendo com que nós o procurássemos por um bom tempo.
Comecei a brincar de pique-esconde com 7 anos e parei quando tinha 14, porque meus amigos cresceram e se afastaram, enquanto outros foram embora para outros bairros. Infelizmente não falo mais com meus amigos de infância, mas nossas brincadeiras sempre estarão marcadas em minhas memórias.


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A pequena doutora
Crislaine Kalid – 3° A

Quando eu era pequena, na casa da minha avó, na cidade de Gongogi, na Bahia, gostava de brincar de ser “médica”, profissão que admiro muito até hoje.
Por volta dos meus sete ou oito anos, eu pegava várias folhas e flores e dizia fazer remédios. Certo dia, minhas amigas vieram brincar comigo. Pegávamos grilos e “esperanças”, abríamos a barriga deles e falávamos que estávamos fazendo uma cirurgia.
Até que enjoamos de brincar somente com grilos, então chamamos minha prima pequena, fizemos vários “chás”, demos para ela e a colocamos deitada, para que ficasse internada. Machucamos bastante pimenta e passamos nas pernas dela, para conter as infecções causadas pelas feridas de mentirinha.
Eu me sentia uma médica superimportante, respeitada e procurada. Era uma viajem no tempo sem pressa para voltar, na qual me deixava levar e me sentir realizada.

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Minha caixinha preferida
Nayara Moraes de Carvalho – 3°A

Quando eu tinha 5 anos de idade, havia um desenho animado chamado Pink Dink Doo. Era muito assistido pelas crianças no bairro onde eu morava em São Paulo.
Esse desenho era sobre dois irmãos com sua família e amigos. Era uma menina e um menino, que brincavam de contar histórias dentro de uma caixa de papelão. Sem dúvida, meu programa de TV predileto na época. Eu falava o tempo todo dele: na escola com meus colegas, em casa, e posso dizer que até hoje sei cantar a música de cor!
Um dia meu pai chegou do serviço com uma caixa enorme dizendo que era para eu brincar igual a Pink. Depois disso, eu não queria mais sair de dentro dela. Minha mãe me tirava dormindo de lá porque eu não queria parar de brincar.
A maior tristeza da minha infância foi o dia em que minha caixa rasgou de uma forma que não tinha como colar. Fiquei muito triste até conseguir ganhar outra.
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Imaginar é o suficiente
Gabriel Oliveira – 3° A

Na época da velha inocência, era divertido chegar da escola, almoçar, brincar um pouco e assistir a um novo capítulo de “O Menino Maluquinho”, personagem no qual sua história se contava em três linhas de tempo diferentes: criança, adolescente e adulto.
Em 2009, tudo mudou quando o assisti cometendo o ato de montar o seu próprio foguete. Até então, eu gostava de imitar tudo o que a versão do meu personagem criança fazia ou criava, afinal eu me identificava com suas ações. Porém a partir do momento que eu assisti àquele episódio, eu tinha um objetivo central que era montar meu próprio foguete, ou seja, dar à minha mãe mais motivo para brigar comigo.
A peça que eu mais utilizava era a escada de madeira do meu pai, como a ponta do meu foguete. Então, cobria com o cobertor e recortava um círculo para servir de janela. Após isso, eu colocava uma borda de papelão com o uso de cola quente. A parte interior era composta de aparelhos de vídeo game, no caso o controle seria o volante, e de DVD.
Eu sentava num banco em cima de uma placa de madeira que era amarrada com cadarços nas correntes que seguravam a escada, ou seja, a placa servia de chão.
Minha maior frustração era não conseguir fazê-lo voar, mas na minha mente isso acontecia.

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Minha infância com as bonecas
Laura de Jesus – 3° A

Minha infância, tempo bom que não volta mais. Ah! Se eu pudesse voltar no tempo, tantas brincadeiras e brinquedos. Lembro como se fosse hoje, todas as brincadeiras eram na casa de minha avó, sempre com minhas primas.
Adorava brincar de comidinha, mas minha brincadeira favorita era de boneca. Sempre gostei e até hoje tenho e guardo minhas bonecas com muito amor e carinho. Eu sempre fui a mamãe e brigava com minhas primas quando não deixavam. Para mim era o melhor papel.
E olha, eram todos os dias a mesma brincadeira: as falas, o que fazer, como cuidar e principalmente trocar as roupinhas.
Minha maior felicidade foi quando ganhei uma boneca que falava, fazia xixi e chorava. Não me aguentei: mostrei para todo mundo e para todo lugar que eu ia, levava ela comigo.
Naquele tempo não tinha aquela coisa de celular, internet, era olho no olho, uma época feliz, sem brigas, discussões, onde só havia tempo para brincar e se divertir.

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O motoqueiro jogador
Gabriel Alves – 3°A

Q4uando eu era pequeno, morava em Cubatão, na Vila dos Pescadores. Aos fins de semana eu e meus amigos nos juntávamos e íamos jogar bola. Gostava de ficar no gol só para quando a bola chegasse em mim, eu a chutava para qualquer lado, para bem longe e ver os “bestas” correrem atrás.
Até que um dia um amigo teve a ideia “brilhante” de jogar em um campinho do lado da pista. A bola veio em minha direção, eu chutei para a pista e bateu em um motoqueiro, assim que ele caiu, saímos correndo com medo, mas voltamos para ver se ele estava bem e buscar a bola. Logo depois, fomos para a minha casa, e quando entardeceu estávamos com medo do que tinha acontecido. De repente, ouvimos alguém chamar “Ô de casa”, saímos correndo para área para ver quem era. E adivinhem: era o motoqueiro.
Ele queria falar com nossos responsáveis sobre o que aconteceu e pedir o conserto da moto, nós começamos a chorar e pedimos desculpas, desesperados, falando que não íamos fazer mais. Ele, com pena, só nos deu um belo sermão. Logo depois, foi embora e nunca mais jogamos ali.

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Meu quintal, meu mundo
Crislaine Kalid – 3° A

Por ter irmãos mais velhos, eles nunca gostavam de brincar comigo. Então, acabava brincando sozinha.
Na minha casa, na cidade de Gongogi, na Bahia, tinha um quintal enorme, vários pés de árvores e frutas, onde eu tinha uma casinha de madeira com o telhado de folha de banana. Colocava um tapete, pegava todos os meus brinquedos e as panelas usadas para os cachorros do meu pai, fazia um fogo à lenha e começava a brincar.
Passava horas e horas lá; cozinhava escondido arroz e ovo, cortava a boca das bonecas e dava a comidinha delas, até a minha mãe ver e brigar comigo. “Criança que brinca com fogo faz xixi na cama”, dizia. Isso tudo para não me ver queimada.
Eu continuava a brincar com minhas bonecas até que dava a hora do almoço e ela vinha trazer meu prato. Eu comia e dava para as bonecas e quando ia colocá-las para “arrotar”, eu acabava dormindo, minha mãe me levava para dentro de casa, e quando eu acordava já estava anoitecendo.

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Um menino, sua bicicleta e suas aventuras
Carlos Eduardo – 3° A

Lembro que no ano de 2008, quando tinha 7 anos, minha brincadeira preferida era andar de bicicleta com meus amigos, na cidade de Praia Grande, era tão legal!
Nós pegávamos as bicicletas e apostávamos corrida pelas ruas. Eu sentia o vento batendo no rosto, a adrenalina correndo no corpo, parecia que estava a mais de cem quilômetros por hora.
Nós virávamos as ruas com derrapadas, desviávamos de carros; era pura adrenalina, uma coisa única.
É engraçado dizer, porque tudo isso aconteceu em um quarteirão onde minha casa fica, mas para mim. Era como se estivéssemos em uma pista de corrida, onde o ganhador era o melhor e que seria respeitado.

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Os paraquedistas
Mayara Soares – 3° A

Quando eu era pequena, amava inventar brincadeiras com o meu irmão mais novo. Costumávamos pegar as cordas do meu pai, para brincar de fazer obstáculos. Usávamos as cordas e nossos chinelos e fazíamos como se estivéssemos subindo montanhas e tudo mais. Tudo acontecia na minha cassa, em Praia Grande, Litoral de São Paulo, por volta de 2011.
Era uma aventura e tanto... A brincadeira funcionava assim: cada um tinha um par, todos nós, juntos, criávamos as fases e quem chegasse primeiro ao final, ganhava.
Parece até que era simples e fácil, mas nossa criatividade nos levava além, e sempre colocávamos uma pessoa para ficar nos atrapalhando. A cada fase que passávamos, a próxima ficava mais difícil.
Nomeamos essa brincadeira de “paraquedistas”, o nome nunca fez muito sentido com a brincadeira, mas esse era o nome que falávamos todas as vezes que íamos brincar, e que marcou a nossa infância.

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As confusões da cobra-cega
Cassia P. B. da Silva – 3° A

Há várias lembranças de brincadeiras que eu gostava na infância. Quando eu era pequena, a que eu mais gostava era cobra-cega.
Cobra-cega sempre foi uma das brincadeiras que eu mais gostava, porque acho muito divertida e diferente. Até hoje às vezes brinco com alguns amigos.
Até meus 13 anos, eu morava em um apartamento e era muito complicado de brincar, porque não era um espaço muito grande, mas nunca me impediu. Eu sempre gostei de brincar no meu quarto, porque era grande, mas eu tinha muita coisa nele, meus móveis e alguns objetos. E isso dificultava mais a brincadeira. E eu amava, pois quanto mais difícil, melhor.
Apesar de gostar muito dessa brincadeira, ela já me prejudicou duas vezes com a minha mãe. Uma vez, eu e meus amigos estávamos brincando no meu quarto e esquecemos de tirar alguns móveis do meio do quarto. Conforme fomos brincando, minha amiga acabou pisando no ventilador e o quebrou. Outra vez, meu irmão resolveu pular na beliche para fugir do meu amigo que estava vendado, nisso que ele pulou, a beliche quebrou. Achei que iria morrer, porque não tinha nem um mês que meu pai tinha comprado a cama. Quando aconteceu isso, meus pais não estavam em casa.
Minha mãe, ao chegar e ver a beliche quebrada, colocou a mim e meu irmão de castigo e nos proibiu de brincar com os meus amigos por um tempo.
Eu tinha uns 10 anos quando se deu essa história, mas mesmo acontecendo isso, eu não parei e brincar de cobra-cega, porém, dessa vez eu comecei a brincar na casa dos meus amigos, para evitar algum desastre de novo.

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Viagem pela imaginação
Miqueias Gonçalves – 3° A

Quando somos crianças, a nossa imaginação vai além do que os adultos pensam.  Quando estamos brincando, principalmente, nossa imaginação decola às alturas. Podíamos viajar para lugares sem nem mesmo sair do lugar que estávamos. Íamos a oceanos profundos e podíamos ver golfinhos e sereias, ou então íamos para mundos sombrios e podíamos ver vampiros e lobisomens. Podíamos nos tornar jogadores famosos de futebol, isso quando não queríamos ser policiais, bombeiros ou até mesmo salva-vidas em uma ilha distante de nosso país.
Eu quando era ainda uma criança, assim como todas as crianças, também gostava de imaginar que eu era um super-herói. Pegava todos os travesseiros e fingia que eram cidadãos em perigo e eu tinha que salvar todos.
Às vezes, eu gostava de pensar que eu era um vampiro e me escondia atrás dos cômodos de casa. Algumas vezes, por eu sempre gostar de filmes de ação, ficava fingindo ser um assaltante profissional. Com tudo isso, podemos ver que uma criança realmente chega a lugares que ninguém imagina, e podem ser o que quiserem pela sua imaginação.


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Brincadeira de infância
Beatriz Gimenes Sanches dos Santos – 3°A

Lembro-me que aos sete anos de idade gostava muito de brincar de casinha com três amigas. Quando chegava em casa, tomava um banho, almoçava e logo partia para a casa delas. Como o quintal de casa era espaçoso, com muitas plantas, aproveitávamos desses aspectos para nos divertir.
As plantas, imaginávamos que eram as comidas. A terra também fazia parte de um tipo de comida ou tempero. Além disso, utilizávamos leite em pó e colocávamos em potinhos. Essa era uma brincadeira que me distraia a tarde toda, tanto que ao anoitecer, minha mãe tinha que ir me chamar, senão eu nem saía de lá.
Brincar de casinha foi uma das brincadeiras que eu mais gostava, pois sempre gostei de me divertir de tudo o que era possível.


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Futesquete
Ezequiel Brayem Souza – 3° A

A brincadeira que eu inventei era simples, porém difícil de se fazer. A pessoa tinha que jogar com a bola de futebol na cesta de basquete. Não é permitido usar as mãos, somente os pés. O ano era 2011, morava no litoral de São Paulo.
Composto por vinte crianças, dez em cada time, às vezes tinha briga.
Eu e meus nove companheiros de time copiávamos nomes de craques, como Pelé, Ronaldo, Ronaldinho, Felipe, entre outros. Éramos conhecidos como a seleção da derrota, mas era divertido.
A brincadeira era cansativa, porém divertida e exigia concentração. Fazíamos todos os finais de semana.

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Infância
Brenda Rodrigues do Carmo – 3° A

Infância é uma coisa muito gostosa. Comigo não foi diferente. Eu e meus amigos só brincávamos, tomávamos banho, comíamos e dormíamos. Era tudo muito bom. Mas eu gostava era de brincar o dia todo, e as brincadeiras que eu mais gostava eram jogar bola, corrida e mãe da rua.
Mãe da rua era o mais legal!
Essa brincadeira se jogava com quantas pessoas quisessem. Nós tirávamos “par ou ímpar” para ver quem ia ser a mãe da rua, e tinha que ter um espaço no meio do quintal de casa ou na rua para que a pessoa que seria mãe da rua poder pegar os intrusos.
Os intrusos ficavam de um lado e a mãe comandava a rua e quem tentasse passar, a mãe tinha que tocar. Quem era tocado, saía da brincadeira. Essa brincadeira era uma brincadeira legal para caramba. Era um tempo maravilhoso que não tem volta e se pudesse voltaria no tempo para viver tudo e novo

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Reconhecendo meus erros
Thaynara Rodrigues – 3°A

Aconteceu quando eu tinha exatamente 4 aninhos, no ano de 2006, na cidade de Arcoverde, no estado de Pernambuco. Estava na cozinha da minha casa e minha mãe preparava o almoço. E a criança aqui estava bagunçando o armário da dona Kelly (minha mãe) por completo., quando ela se dirigiu a mim:
- Thaynara, se você derrubar alguma coisa aí, vou te bater.
Então eu respondi:
- Mãe, não vou derrubar nada.
Quando  de repente, uma panela caiu no chão! Então, sem pensar duas vezes, corri em direção de minha mãe.
- Pode bater, mamãe.
- Não vou te bater, disse ela, seguido de um abraço e um beijo.
Foi então que aprendi a reconhecer meus próprios erros.
Hoje, lembro dessa história e dou muita risada, porque foi muito engraçado. E também uma lição de vida.

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Debate
Gabriel Henrique Rastes – 3° A

Quando estávamos no sexto ano, muitos alunos felizes por estarem em outra fase da vida, outros tentando ser mais adultos; mas no fundo éramos, todos, crianças.
Nos primeiros dias éramos comportados, sendo até mesmo elogiados pelos professores. Mas no passar do tempo, quando estávamos mais entrosados, e mais comunicativos, quando os alunos se desprendiam do adulto interior de cada um, que às vezes apareciam para fazê-los pensar em cada palavra ou movimento que ele iria planejar.
E com toda essa liberdade, com essa união, transformava um aprendizado em um aprendizado divertido.
Os alunos sempre tiravam suas dúvidas, sempre perguntavam e sempre recebiam uma resposta do professor. Levando a um debate com todos, dando sua opinião com participação e aprendizado.


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Feliz sem saber
Jayane Vitoria – 3° B

Vinte e três de outubro de 2007, meu aniversário de 6 anos. Lembrar detalhadamente não vou, mas se eu me lembro bem de algo, é que meu pai trabalhava como motorista de ônibus. Ficava o dia inteiro fora de casa. Era por volta de 20 horas que eu e meu irmão brincávamos.
Ele pegou uma bexiga que estava na parede, já fazia um bom tempo, era de outras festas, ela já estava murcha. Brincávamos felizes com aquela bexiga velha. Ele cantava parabéns e sorríamos felizes, e minha mãe vivia na cozinha, fazendo janta.
Eu dormia cedo, então mal via o meu pai. Sempre que ele chegava ou saia para trabalhar, dava beijos na testa do meu irmão e na minha mãe também.
Às vezes dá vontade de voltar no tempo, para ver a minha família unida novamente.
Essa lembrança parece um sonho agora, um sonho bom que tive há décadas, mas ao mesmo tempo faz pouco tempo.
Éramos felizes com pouco, não ligávamos para o muito. Hoje, a única coisa que eu quero é a união e a felicidade de antes.


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O chão é de lava
Arthur R. Silva – 3° A

Quando eu era pequeno, brincava com meus irmãos mais novos, dentro de casa, o dia inteiro. Brincávamos de muitas coisas, mas a mais divertida era “o chão é de lava”.
Ficávamos em cima dos móveis, pulando de um lado para o outro, pendurando nas cadeiras, sofá, cama, mesa, armário...
Em um certo dia, estava brincando com meus irmãos quando minha mãe falou lá do fundo: “Parem com isso, vocês vão cair”. E mãe sempre tem razão, mas não demos ouvidos e continuamos a brincar. Eu, então, pendurei-me no armário, que caiu por cima de mim, dando um corte em meu braço.
Eu tinha por volta de oito anos, e fui parar no pronto socorro de Praia Grande, dentro da ambulância, minha mãe dizendo: “Eu avisei”.
Tomei ponto no braço e nunca mais repeti a brincadeira, mas a cicatriz no pulso direito é a marca que carrego dessa memória.


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A taxista mirim
Francielli de Jesus Santos – 3° B

Com os meus nove anos de idade, ganhei dos meus pais uma bicicleta rosa e com cestinha da Barbie, que eu tanto queria.
Eu morava em um prédio onde havia várias crianças que também tinham bicicleta e através disso, inventamos a brincadeira de taxista.
As crianças que tinham bicicleta carregavam na garupa as outras crianças que não tinham bicicleta e assim levávamos ao destino desejado (que era só de um poste de luz para o outro, porque nenhum de nós podia sair de dentro do prédio).
Infelizmente me aposentei logo da minha carreira de taxista, porque sofri uma queda feia e amassei a cesta da bicicleta, além de ficar toda arranhada.


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O dia em que criei uma vaca de banana
Marcielen Afonso – 3° B

Numa cidade chamada Ilhéus (BA), no ano de 2009, vivia com meus pais em uma casa simples, contudo, possuía tamanho significativo em ambiente rural. Nós fomos muito felizes, inventávamos muitas maneiras para diversão e dessa forma pude aproveitar ao máximo minha infância.
Em um dia ensolarado, resolvemos divertir-nos de maneira inovadora. Porém, seria necessário criar a brincadeira. Pensamos bastante e mamãe teve uma ideia. Indo até a cozinha, pegou algumas bananas. Já no quintal, avistou alguns gravetos e chamou papai e a mim para apresentar-nos a ideia que outrora tivera tido, que foi a seguinte: seria necessário utilizar sete gravetos, e para cada um deles havia finalidade específica a ser concluída. Dois seriam utilizados para transformar em chifres, quatro deles seriam as patas e por últimos utilizamos o graveto que restou para dar acabamento à construção do animal: uma vaca de banana e graveto.
Em seguida, cortamos em fatias o “animal”, como se fossem as carnes do mamífero a serem levadas ao frigorífico. Usávamos como dinheiro folhas de árvore que se encontravam do lado da casa em que vivíamos.

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O morro do Dedé
Aline Vitória – 3° A

Quando eu tinha dos meus 8 até os 11 anos, eu adorava brincar com os meus irmãos de várias brincadeiras, mas as que mais gostávamos eram a de bruxo e de descer o terreno baldio.
Eu e os meus irmãos sempre nos metíamos em muita, muita confusão.
Quando minha mãe saía, minha irmã mais velha sempre cuidava de nós todos os dias. Depois do almoço, saíamos para brincar na rua, e  sempre íamos para o terreno baldio, que ficava na outra rua.
Minha irmã ficava brava porque, ao retornar para casa, estávamos 0sujos e machucados. Apesar da proteção da madeira ou do isopor, mesmo assim ficávamos machucados. Sempre apostávamos quem conseguia subir no morro alto que tinha lá. E no final, sempre estávamos machucados e sujos.


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Viagens
Italo Uriel – 3° A

Na infância por volta de 2010, quando eu tinha uns 10 anos. Meu avô costumava ir para São Paulo e sempre que minha mãe deixa, eu ia com ele.
Assim que nós saímos de Praia Grande, passávamos no bar que tinha na esquina e comprávamos muita coxinha. Essa era a melhor parte e sem dúvida a melhor viagem.


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Escolinha dos meus Sohos
Vitória Ferreira – 3° A

Saudades tenho de quando tinha 8 anos. Cada dia brincadeiras novas, roubar bandeira, passa anel, pega-pega. Mas o mais lembrado (e que nunca foi esquecido) era a brincadeira de “Escolinha”.
Eu dizia muito que iria ser professora, até que aí eu chegava da escola, porque nessa época estudava à tarde. Chegava e já ia brincar.
Pegava ursos, bonecas, fazia deles meus alunos. Passava lição e provas. Eu até imprimia as atividades.
Falava e gritava sozinha no quarto que eu fazia de escola. Chegava até bater em algumas bonecas e ursos.
Falava com a parede, pegava cadeiras para fazer de minha mesa e até roupas da minha mãe. Minha mãe já não aguentava essa brincadeira que eu fazia no quarto, dizia até que eu estaria ficando doida de tanto gritar e explicar. Como eu imprimia as atividades, eu mesma fazia as atividades e corrigia. Fazia errado como se fosse realidade.

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Aventuras sobre rodas
Rafaella O. Pongeluppi – 3° A

Brinquei de muitas coisas durante a infância, mas uma delas em especial me marcou bastante. Aos seis anos de idade (em 2008) inventei uma brincadeira com a minha irmã mais velha, onde pegávamos as nossas bicicletas e viajamos pelo mundo em pegadas de moto clube. Criamos coletes e acessórios de motociclistas e com a imaginação vivemos muitas aventuras e diversas histórias diferentes. Incluindo brigas de boxe e muitas vezes que “nos perdemos” nas florestas, que, no caso, era o quintal da nossa casa na zona oeste de São Paulo.
Era assim que eu imaginava o moto clube que meu pai frequentava e eu queria fazer parte.  Acrescentávamos algumas coisas por influência de filmes e desenhos da televisão e acabou virando algo divertido que continuamos brincando por muito tempo.

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Pé na Lata
Leopoldo Eduardo da Cruz Rodrigues – 3° A

Em certo tempo de 2014, quando eu tinha 13 anos e morava na cidade de Praia Grande, estado de São Paulo, eu e meus amigos brincávamos de muitas coisas divertidas, como pega-pega, rouba bandeira, esconde-esconde etc.
Mas a brincadeira que me marcou mais nessa época foi o “pé na lata”. O jogo era feito com uma garrafa pet com apenas uns cinco dedos de água no interior. O objetivo era tirar impar ou par para ver com quem estava.
O jogador selecionado teria que se virar de costas enquanto um dos que se esconderiam chutaria a “lata” o mais longe possível, pois o intuito era que enquanto o escolhido fosse buscar, todos os demais pudessem se esconder. Mas também havia um porém: se enquanto ele procurasse as pessoas, uma delas chutasse novamente a garrafa, todos estariam no jogo novamente.
Essa brincadeira marcou muito a minha infância por ser muito divertida, disputada e o melhor de tudo, jogada com muitos amigos.

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Céu, terra, mar
Luiza Santos Pereira – 3° A

Era só mais um fim de semana normal que eu passava na casa da minha avó, como os outros mais, poucos metros à frente moravam meus primos e logo chegavam minhas primas que também moravam perto.
Já começaria mais uma tarde de sol, eu e meus primos nos juntávamos para brincar. Sim, éramos todos crianças na época, felizes e desligadas da internet.
Lá íamos nós para o “terreiro”, mais de que brincaríamos desta vez, era sempre uma grande dúvida. Então meu primo resolveu ensinar uma brincadeira nova que havia aprendido há um tempo atrás.
Ele começou a explicar, geralmente jogamos de dois em dois e mais uma pessoa dava os comandos. Disse que desenharíamos três, entre um espaço limpo no chão. Seriam três retângulos, um ao lado do outro.
Depois escreveríamos em cada retângulo os nomes “céu”, “terra” e “mar”. Terra deveria ser o nome do meio, os outros não tinham importância moderar um pouco.
Desenhávamos retângulos maiores para brincarmos de três em três e entrávamos todos no retângulo do meio, que era a terra. Quando o coordenador do jogo falava um dos três nomes, quem estava jogando deveria pular para o espaço que continha o nome citado.
Lembro-me que os nomes eram citados aleatoriamente e cada vez mais rápido, o que dificultava e divertia mais o jogo. Então quando um dos jogadores pulava no espaço errado, era desclassificado, até que restasse apenas o vencedor.
Brincávamos o dia inteiro. Tornou-se a nova brincadeira preferida (até que ficasse chato). Quando chegava a noite, todos iam para as suas casas. Para minha alegria, eu iria ficar todo o fim de semana, já que eu morava em outra cidade.
Esses simples momentos me ocupavam a mente, e eu pensava como seria bom morar ali, pois era solitário em casa.
Eu mal sabia que sete ou oito anos depois, eu finalmente me mudaria para aquele lugar.
Mas já não era mais o mesmo, ninguém queria brincar mais, era triste. Novamente me sentia solitária por dentro.
Eu não iria mais do céu ou mar, pois o tempo passou e já não éramos mais crianças.

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Guerra de bosta de cavalo...
Yago Henrique da Cruz Lopes – 3° B

Na minha infância, eu brincava de guerra de bosta de cavalo, junto com meus primos e primas.
Um belo dia, em um campo do lado de casa, estávamos brincando dessa guerra, com um atacando o outro. Aí que surgiu o problema. Na hora que combinamos de atacar a bosta na casa da vizinha, chegou meu pai na hora. Esperamos que ele saísse e começamos a atacar na casa da vizinha. Ela estava fazendo feijão e a panela estava aberta e caiu dentro da panela.
Então ela começou a gritar, xingar... Ela foi até o portão e começou a falar com as pessoas da minha família.
Meu pai não me bateu, mas me deixou de castigo. Também me deu uma bronca e não deixou que jogásse videogame e nem brincar com nada. Foi horrível, mas essa foi a melhor parte da minha infância.

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Pipa na cozinha
Jonata da Silva – 3° B

Na minha infância, quando morava no “belo” bairro da curva do “S”, eu e meus 3 irmãos, Ysaias, Israel e Ivan, aproveitávamos a ausência de nossos pais para fazer uma brincadeira nada segura. A idade de cada um ia dos 6 aos 16 anos, gerando muita energia e pouca cautela.
Da sala até a cozinha de nossa casa, pegávamos linhas escondidas e os talheres da gaveta da cozinha. Amarrávamos as linhas nos talheres e, enquanto um segurava os talheres, dois da sala “empinavam”, dando orientações ao que ficava segurando na cozinha: arrasta, afunda, suspende, descarrega etc.
A pipa de talheres era diversão pura para nós quatro.

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Saudades dos 8...
Daniel Souza Santos – 3° B


Com meus 8 anos de idade, eu aproveitava muito com minha prima, que era a minha melhor amiga.
Nós brincávamos de muitas coisas em Ipiciu, uma pequena cidade da Bahia. Mas o que mais gostávamos era tocar as campainhas das casas e correr.
Brincávamos sem cansar. Saudades dos meus 8 anos.

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Meus 13 anos
Gabriel Henrick – 3º B

Quando eu tinha 13 anos de idade, todo dia era dia de brincar.
Adorava jogar bola. Nós colocávamos os chinelos como trave e chegávamos em casa com o pé preto, sujo.
Brincávamos de polícia e ladrão. Lembro que gostava de ser ladrão. Dava adrenalina. Até que um dia cai e ralei meu queixo.
Também amava empinar pipa. Fazia cerol, comprava linha cortante e cortava a maioria. Alguns dias eram de pega-pega. Eu era o mais rápido da turma.
Quando eu fiz 14 anos, a infância começou a chegar ao fim. Fui jogar futebol na rua, só que a bola caiu no vizinho. Ao pular o muro para buscá-la, estava tudo podre e desabei para trás, quebrando o braço. Fiquei dois meses internado, sem brincar, sem olhar para a rua... Quando sai da UTI, a primeira coisa que pensei foi jogar vídeo game. Pouco depois, mesmo com o braço engessado, fui brincar de pega-pega, esconde-esconde... Mas não era  mais a mesma coisa. Fui crescendo e mudando a mente, comecei a pensar em trabalhar e ajudar minha mãe e nunca mais brinquei de nada.
Hoje, no 3° ano do Ensino Médio (último ano da escola), eu queria voltar no meu tempo de adolescente. Como não é possível, vou me formar na escola e seguir meu caminho, em uma faculdade.

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A alegria da minha infância
Victória Maria - 3° B

Eu estava com uns 5 anos de vida, e a minha brincadeira preferida era a de comidinha. Pegava os ingredientes e fingia que estava cozinhando para alimentar minha boneca, para não ficar com fome. Era bem divertido.
A minha imaginação naquela idade era de não deixar minha boneca com fome, porque era como se ela fosse minha melhor amiga. Eu pedia para minha mãe as comidinhas, e minha mãe vinha com um punhado de arroz, feijão e macarrão cru.
A comida preferida delas, na verdade a que eu mais gostava de dar, era macarrão.
Não tinha preferência de bonecas, porque eu só brincava com uma, sem muita opção na Vila Sônia, naquele ano de 2008. Era pura diversão.

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O escorregador
João Carlos Nascimento - 3° B

Lembro-me de meus tempos de infância, tempos onde me divertia com coisas simples como um escorregador no parquinho da escola ou brincando de esconde-esconde e pega-pega.
Mas mesmo com tantas formas de se divertir, a minha favorita era o escorregador da escola.
De segunda a sexta minha mãe me deixava bem cedo na escola, as horas passavam e eu ficava aguardando ansiosamente até a hora em que nos levavam para ir brincar no parquinho, apenas para que pudesse ir no escorregador.
Ao entardecer minha mãe me levava de volta para casa, e por muitas vezes logo após chegarmos, íamos à pracinha na esquina de nossa rua, onde eu novamente corria, brincava com meus brinquedos e as vezes até andava em minha bicicleta. Ainda assim, mesmo que fosse muito divertido, nada se comparava ao bom escorregador.

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Professorinha
Vitória Ferreira - 3° A

Eu me recordo como se fosse hoje, nos meus entre os meus 7 e 10 anos, como eu gostava de brincar de rouba bandeira, pega-pega, esconde- esconde... Mas a que eu sempre admirei e gostei foi de escolinha, porque na escola eu via os professores ensinando os alunos, dando notas e atividades. Era uma coisa que eu pensava em fazer quando crescesse. “Vou ser professora”, pensava, “essa vai ser minha profissão”.
Com o passar do tempo, comecei a me apegar cada vez mais nisso. Chamava primos, amigos e amigas, mais novos que eu, para poder ensinar o que eu já tinha aprendido.
As continhas de matemática era o que eu mais gostava de fazer. Eu era a professora de dia e a Vitória à noite. Era brincadeira que a gente mais levava a sério. Minha mãe já estava enlouquecendo com essa diversão, uma vez que pedíamos para comprar, toda hora, lápis de cor, giz, cadernos, lápis, borracha e caneta.
Com o passar do tempo, fomos deixando a brincadeira de lado por estar crescendo e conhecendo coisas novas.

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EE Prof. Júlio Pardo Couto
Av. Júlio Prestes de Albuquerque, 934 - Vila Mirim
Praia Grande (SP)
Brasil 















Comentários

  1. Peço que cada aluno inclua o seu comentário de despedida de mais esta fase da vida. A todos, o meu muito obrigado! Vocês foram demais e tenho a certeza de que só coisas boas estão por vir. Contem sempre comigo.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Adorei a ideia desse montar esse livro , pessoalmente me sinto muio orgulhoso de ter participado e conhecer a maioria das pessoas que compartilhou pequenos detalhes da infancia nessa obra ♡.

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