AULA UM
– Literatura – 3º BIMESTRE
José de Alencar

Trabalhou como jornalista,
como muitos escritores, e teve atuação também na política, mas foi na
literatura que recebeu maior reconhecimento. Elogiado pelos pares, ficou amigo
de Machado de Assis, que o nomeou patrono da cadeira nº 23 da Academia
Brasileira de Letras, fundada depois de sua morte.
Apesar da pouca idade (morreu
com 48 anos), sua obra é extensa. “O Guarani”, “Senhora”, “Til”, “Iracema” e “A
Viuvinha” são alguns romances importantes do autor. Vale ressaltar que as
histórias foram publicadas primeiramente em folhetins.
MOVIMENTO
LITERÁRIO
José de Alencar é
tradicionalmente classificado como um escritor do romantismo, mais
especificamente da primeira fase do movimento literário. Mas suas obras chegam
a apresentar características do movimento seguinte, o realismo. As obras de
autor podem ser indianistas, históricas ou urbanas.
ESTILO
A literatura brasileira foi
baseada por um longo período na literatura portuguesa, dos colonizadores. José
de Alencar buscou, através de seus escritos, ressaltar uma linguagem mais
nacional. Foi muito criticado pela atitude, mas a inovação ajudou a estabelecer
um estilo literário com características brasileiras.
BIOGRAFIA
Nascido no município de
Messejana, próximo de Fortaleza, José de Alencar foi morar no Rio com 11 anos.
Filho de José Martiniano de Alencar e Ana Josefina de Alencar, o jovem foi
influenciado pelos ideais políticos do pai, senador, assim como o irmão,
diplomata.
Formado em direito, o
escritor atuou como advogado, jornalista, dramaturgo e até como político. Criou
a revista “Ensaios Literários” no período em que estudava na Faculdade de
Direito de São Paulo, de 1846 a 1850. Em periódicos trabalhou no “Correio
Mercantil” e no “Diário do Rio de Janeiro”.
A primeira obra, “Cinco
Minutos”, foi lançada em 1856. A segunda, “A Viuvinha”, foi publicado no ano
seguinte. “O Guarani”, obra mais famosa de José de Alencar, data do mesmo ano.
A primeira edição foi em jornais, a versão em livro veio só depois.
A vida política começou em
1860, quando Alencar foi deputado estadual no Ceará. Já em 1868, assumiu o
posto de Ministro da Justiça. Por não conseguir seguir os passos do pai no
senado, passou a investir na literatura.
Nas suas obras, Alencar
demonstra uma preocupação com a cultura nacional. Buscando retratar o Brasil
através de diferentes temáticas: indianistas, regionalistas, históricas e
urbanas. Nas narrativas urbanas, costuma fazer críticas à sociedade da época,
em especial à desigualdade social, um exemplo pode ser visto no livro “Senhora”
As obras indianistas
apresentam o índio de forma idealizada. Nas histórias de Alencar, o branco é
tido como o vilão e o índio como homem bom e puro. “Iracema”, de 1865, e
“Ubirajara”, de 1874, continuam a temática indianista iniciada em “O Guarani”.
Fatos marcantes da história
também foram temas na escrita do autor, que tratou da colonização e da
exploração do ouro, por exemplo. Nas histórias regionalistas, Alencar fala dos
costumes do campo e da cultura mais natural, longe dos centros urbanos. O interior
de São Paulo, os pampas gaúchos e o sertão do nordeste foram retratados nos
romances. Essas obras são inspiradas por uma memória da infância, quando o
jovem autor viajou pelo interior do nordeste.
José de Alencar morreu em
1872 de tuberculose. Anos mais tarde, foi homenageado como patrono da cadeira
nº 23 na Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.
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