LITERATURA - SEGUNDA FASE DO MODERNISMO


Segunda Fase do Modernismo (1930 a 1945)

Esta segunda fase, também chamada de Geração de 30, foi uma fase de consolidação do Modernismo brasileiro. Sendo uma fase mais madura, foi quando o movimento ganhou mais força e se criaram obras essenciais da literatura brasileira.
Na prosa, houve uma grande reflexão e crítica da realidade brasileira, sendo retratados problemas sociais das diferentes regiões, com destaque para o regionalismo nordestino. Na poesia, houve um questionamento do sentido da existência, com profunda análise dos sentimentos humanos e das angústias sociais.

Principais autores da Segunda Fase
Carlos Drummond de Andrade; Cecília Meireles; Vinicius de Moraes; Jorge Amado; Graciliano Ramos; Érico Veríssimo; Rachel de Queiroz.

Poesias da Segunda Fase

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
-Em que espelho ficou perdida a minha face?

(Cecília Meireles)
No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

(Carlos Drummond de Andrade)


Prosa da Segunda Fase
Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Menino de Engenho, de José Lins do Rego;
O país do Carnaval, de Jorge Amado;  Capitães de Areia, de Jorge Amado; O quinze, de Rachel de Queiroz.

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