PRINCIPAIS OBRAS DO PRÉ-MODERNISMO - OS SERTÕES


LITERATURA - CONTEÚDO TRÊS  (aula 9 - parte III)
3 A - 10 de abril de 2019
3 B - 11 de abril de 2019

PRINCIPAIS OBRAS DO PRÉ-MODERNISMO


 3) OS SERTÕES



Resumo da obra

“Os Sertões”, do escritor pré-modernista Euclides da Cunha (1866-1909), foi publicada em 1902. Inicialmente, Euclides foca na descrição do Sertão, o local onde será desenvolvido o enredo. Aponta para aspectos da paisagem desde o relevo, a fauna, a flora e o clima árido. Segundo ele, a paisagem do local distante do litoral indica a exploração do homem durante anos.

A obra regionalista narra os acontecimentos da sangrenta Guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro (1830-1897), que ocorreu no Interior da Bahia, durante 1896 e 1897.

“Os Sertões” é uma obra extensa com cerca de 630 páginas, dividido em 3 partes, as quais são constituídas por diversos capítulos, a saber:

A Terra – Descrição do ambiente (local, clima, relevo, fauna, flora, vegetação, etc.) do sertão e da seca que assola a região. Trata-se de um estudo geográfico, dividido em 5 capítulos:

O Homem – Descrição do homem, da vida e dos costumes do sertão, ou seja, do sertanejo. Trata-se de um estudo antropológico e sociológico, donde o homem é determinado pela tríade - meio, raça e história - segundo a teoria determinista do historiador francês Hippolyte Taine (1828-1893). Essa parte da obra é dividida em 5 capítulos:

A Luta – Descrição da Guerra de Canudos que dizimou grande parte da população nordestina. Trata-se de um estudo historiográfico, dividido em 34 capítulos, narra as quatro expedições realizadas pelo exército e ainda sobre o período do pós-guerra:



Análise

“Os Sertões” é uma das obras mais emblemáticas do escritor pré-modernista Euclides da Cunha (1866-1909). A obra regionalista narra os acontecimentos da sangrenta Guerra de Canudos. Trata-se de um relato histórico mesclado à literatura, posto que Euclides foi convidado pelo Jornal Estado de São Paulo para cobrir a guerra no Arraial de Canudos e nesse momento, surgiu sua obra.

Por esse motivo, "Os Sertões" representa um marco da literatura e na história do Brasil, sendo, portanto, analisada por outras áreas do conhecimento, tal qual: Antropologia, Sociologia, Geografia e História.

A obra possui um caráter crítico e realista nunca antes abordado por um literato do Brasil, donde Euclides por meio de uma linguagem cientificista recrimina o nacionalismo e ufanismo exacerbado da sociedade brasileira da época, mostrando a face cotidiana e realista do país e das pessoas que o compõem.

De tal modo, trata-se de uma prosa científica e artística, acabando com essa visão idealista do índio herói e do negro trabalhador, abordado com entusiasmo pelos escritores do romantismo.

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