LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL - Aula três – 1º bimestre
Observe a seguir alguns exemplos de textos expositivos:
Verbete de dicionário
“Significado de Nostalgia (s.f). Tristeza causada pela saudade
de sua terra ou de sua pátria; melancolia. Saudade do passado, de um lugar etc.
Disfunções comportamentais causadas pela separação ou isolamento (físico) do
país natal, pela ausência da família e pela vontade exacerbada de regressar à
pátria. Saudade de alguma coisa, de uma circunstância já passada ou de uma
condição que (uma pessoa) deixou de possuir. Condição melancólica causada pelo
anseio de ter os sonhos realizados. Condição daquele que é triste sem motivos
explícitos. (Etm. do francês: nostalgie)” Fonte: (Dicionário Online de
Português- Dicio.com)
Enciclopédia
“Cervo-do-pantanal (nome científico:
Blastocerus dichotomus), também chamado suaçuetê, suaçupu, suaçuapara, guaçupuçu
ou simplesmente cervo, é um mamífero ruminante da família dos cervídeos e único
representante do gênero Blastocerus. Ocorria em grande parte das várzeas e
margens de rios do centro da América do Sul, desde o sul do rio Amazonas até o
norte da Argentina, mas atualmente, a espécie só é comum no Pantanal, na bacia
do rio Guaporé, na ilha do Bananal e em Esteros del Iberá.” Fonte: (Wikipédia)
Entrevista
Clarice
Lispector, de onde veio esse Lispector?
Clarice
Lispector - É um nome
latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia Lispector na Ucrânia.
Ele disse que há gerações e gerações anteriores. Eu suponho que o nome foi
rolando, rolando, rolando, perdendo algumas sílabas e foi formando outra coisa
que parece “Lis” e “peito”, em latim. É um nome que quando escrevi meu primeiro
livro, Sérgio Milliet (eu era completamente desconhecida, é claro) diz assim:
“Essa escritora de nome desagradável, certamente um pseudônimo…”. Não era, era
meu nome mesmo.
Você
chegou a conhecer o Sérgio Milliet pessoalmente?
Clarice
Lispector - Nunca.
Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque eu me casei com
um diplomata brasileiro, de modo que não conheci as pessoas que escreveram
sobre mim.
Clarice,
seu pai fazia o que profissionalmente?
Clarice
Lispector -
Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava era para
coisas do espírito.
Há
alguém na família Lispector que chegou a escrever alguma coisa?
Clarice
Lispector - Eu soube
ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe escrevia. Não publicava,
mas escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa Lispector, que escreve romances. E tenho
outra irmã, chamada Tânia Kaufman, que escreve livros técnicos.
Você
chegou a ler as coisas que sua mãe escreveu?
Clarice
Lispector - Não, eu
soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que sua mãe fazia um
diário e escrevia poesias?” Eu fiquei boba…
Nas
raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que necessariamente, a
pergunta de como você começou a escrever e quando?
Clarice
Lispector - Antes de
sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei uma
história que não acabava nunca. Quando comecei a ler comecei a escrever também.
Pequenas histórias.”
(Trecho da última entrevista com a
escritora Clarice Lispector, concedida em 1977, ao repórter Júlio Lerner, da TV
Cultura).
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